Solidariedade com a luta<br>na ERT grega
«Também os trabalhadores da Rádio e Televisão de Portugal estão a ser confrontados com problemas de reestruturação da empresa, que suscitam sérias preocupações quanto ao futuro do serviço público de rádio e televisão e dos seus postos de trabalho», comentou a CGTP-IN, ao manifestar «inteira solidariedade à luta dos trabalhadores gregos».
No comunicado de imprensa que divulgou dia 14, a central saudou o reforço da unidade na acção, em torno da defesa dos direitos dos trabalhadores e contra as tentativas de silenciamento da comunicação social pública. A Intersindical assinalou que o governo grego tornou a Grécia no primeiro país da União Europeia a suspender o serviço público de comunicação social, uma manifesta violação de direitos fundamentais, como a liberdade e o pluralismo de informação, um atropelo à democracia e um novo golpe no direito ao trabalho e ao emprego, que merece amplo repúdio dos trabalhadores portugueses.
Além de saudar a luta dos trabalhadores da ERT, bem como de todos os que estiveram com a greve geral de dia 13, a Inter salientou que as razões das lutas na Grécia «são as razões das nossas lutas, que levaram à convocação de uma nova greve geral, em Portugal, no próximo dia 27».
No dia 12, a direcção do Sindicato dos Jornalistas manifestou «solidariedade com os jornalistas ao serviço da rádio e da televisão públicas da Grécia, cujo encerramento, arbitrariamente decidido pelo governo, representa uma grave violação do direito do povo helénico à informação».
O SJ «repudia com firmeza e determinação os gravíssimos acontecimentos na Grécia, exorta os seus camaradas gregos à resistência, reafirma a sua solidariedade para com as organizações sindicais gregas de jornalistas e rejeita com toda a força quaisquer tentações de importação destes métodos de eliminação dos serviços públicos de rádio e de televisão», afirma-se no comunicado que o sindicato enviou ao governo grego, à Comissão Europeia e ao Parlamento Europeu, à Federação Internacional de Jornalistas e à Federação Europeia de Jornalistas, aos sindicatos gregos, às duas centrais sindicais portuguesas e aos restantes sindicatos representativos dos trabalhadores da RTP.
Classificando «este criminoso atentado contra o direito do povo grego aos serviços públicos de rádio e de televisão» como «um grave precedente» na UE, o SJ apelou «a todo o movimento sindical português, à FEJ e à FIJ, para que, por todos os meios ao seu alcance, manifestem a sua firme solidariedade para com os trabalhadores da ERT e o povo grego».